Operação Bad Trip: PF desarticula rede internacional de tráfico de drogas com base em Alagoas

16 de dezembro de 2025 às 08:21
Polícia

Foto: reprodução

Por Redação com assessoria 

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (16), a Operação Bad Trip para desarticular um esquema de tráfico internacional de cocaína com atuação no Nordeste. A ação ocorreu em Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte, com cumprimento de mandados de busca e apreensão, prisões temporárias e imposição de medidas cautelares autorizadas pela Justiça Federal.

As apurações indicam que o grupo utilizava aeroportos brasileiros como ponto de passagem para o envio de cocaína à Europa. A droga era transportada em garrafas de rum procedentes da Bolívia, com o entorpecente incorporado ao líquido, estratégia voltada a dificultar a detecção em inspeções de rotina.

A investigação é conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF e aponta que uma das estruturas centrais da organização funcionava em Arapiraca, no Agreste alagoano. O local servia como base logística para recrutamento e preparação dos transportadores.

O caso teve início após prisões em flagrante realizadas em aeroportos brasileiros. Passageiros foram abordados durante fiscalizações e encontrados com garrafas adulteradas, o que levou à identificação de um padrão recorrente e à ampliação das diligências.

Segundo a Polícia Federal, jovens eram aliciados para atuar como transportadores no trajeto Bolívia–Brasil–Europa. Eles recebiam orientações detalhadas sobre comportamento em viagens internacionais, além de versões pré-definidas para justificar deslocamentos e bagagens.

As investigações também apontaram movimentações financeiras consideradas incompatíveis com a renda declarada pelos envolvidos. Esses dados reforçaram a suspeita de práticas de lavagem de dinheiro associadas ao esquema, que seguem sob apuração.

A PF identificou ainda o uso de ameaças como instrumento para manter o controle interno da organização. A intimidação teria sido empregada para evitar vazamentos de informações e dificultar a colaboração de integrantes com as autoridades.

Os investigados poderão responder por tráfico internacional de drogas, organização criminosa e outros crimes relacionados, a depender do avanço das apurações e da análise do material apreendido durante a operação.