Trabalhadores do Hospital Veredas entram em greve por salários atrasados

12 de novembro de 2025 às 16:05
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Foto: reprodução

Por Redação com Jornal Extra

Os trabalhadores do Hospital Veredas, em Maceió, entram em greve por tempo indeterminado a partir das 8h desta quinta-feira (13). A paralisação foi decidida em protesto contra salários atrasados e o não pagamento do piso da enfermagem, segundo os sindicatos das categorias envolvidas.

O movimento grevista foi anunciado em vídeo divulgado nas redes sociais na terça-feira (11). De acordo com os sindicatos, 30% do efetivo seguirá trabalhando nos serviços essenciais, conforme determina a legislação.

A presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Alagoas (Sineal), Cinthya Carvalho, afirmou que a greve abrange todas as categorias profissionais do hospital, não apenas a enfermagem. Segundo ela, o Veredas deve salários referentes a abril, maio, agosto, setembro e outubro, além de complementos do piso da enfermagem de julho a novembro e parte do 13º de 2024.

Cinthya destacou que os sindicatos mantêm diálogo com a administração do hospital, mas que a gestão não tem conseguido cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) homologado no início do ano. “Eles anunciaram o pagamento da folha de agosto, mas sem previsão para quitar os demais meses”, disse.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) afirmou que não há dívidas de repasses pendentes ao Hospital Veredas. A pasta explicou que os pagamentos são feitos “por meio de incentivos pelos serviços prestados” e estão dentro do cronograma acordado com a direção.

Os sindicatos decidiram que a greve continuará até que todos os valores sejam pagos. Eles pediram o apoio da população e denunciaram o impacto físico e emocional que os atrasos têm causado nos profissionais.

O Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Alagoas (Sateal) convocou os trabalhadores para um ato em frente ao Hospital Veredas, às 8h desta quinta, marcando o início oficial da paralisação. “Só iremos parar quando tudo for sancionado nas contas dos trabalhadores”, afirmaram os representantes sindicais.