Operação no Rio expõe contradição de aliados do PL em Alagoas

29 de outubro de 2025 às 08:09
Política

Foto: reprodução

Por Redação com Jornal Extra

A megaoperação deflagrada nesta terça-feira (28) contra o Comando Vermelho (CV), nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, reacendeu o debate político sobre a responsabilidade pela segurança pública e evidenciou contradições entre aliados do Partido Liberal (PL) em diferentes estados. A ação, considerada uma das mais letais da história fluminense, resultou em 64 mortes, incluindo quatro policiais.

No Rio, o governo é comandado por Cláudio Castro (PL), mesmo partido dos senadores Flávio Bolsonaro, Romário e Carlos Portinho, além de boa parte da bancada federal do estado. A operação foi conduzida pelas forças estaduais, sem solicitação de apoio ao governo federal, como admitiu o próprio governador.

Apesar disso, políticos do PL e de outras legendas alinhadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro em Alagoas culparam o governo Lula pelo agravamento da violência. O deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) afirmou que o Executivo “assiste, inerte, ao avanço do crime organizado”. Ele citou seu Projeto de Lei 4120/2024, que institui a Lei Anti-Máfia, aprovado na Câmara, mas parado no Senado “há quase um ano”.

Na mesma linha, o deputado federal Delegado Fábio Costa (PP-AL) disse que o governo “negou ajuda à operação” e que “trata narcotraficante como vítima e criminaliza a polícia”. Segundo ele, essa postura enfraquece as forças de segurança e contribui para o aumento da criminalidade.

O deputado estadual Cabo Bebeto (PL-AL) também responsabilizou o governo federal. Para ele, o atual cenário é “reflexo de uma condução equivocada e permissiva”. O parlamentar afirmou que “o próprio presidente enfraquece as leis e estimula a impunidade”.