Deputado Fabio Costa critica venda de quarteirão público em Maceió e cobra transparência do governo Paulo Dantas

21 de outubro de 2025 às 16:10
Política

Foto: assessoria

Por Redação com assessoria 

O deputado federal Delegado Fabio Costa (União Brasil-AL) criticou duramente a decisão do governo de Paulo Dantas de vender um quarteirão de prédios públicos localizados no bairro da Jatiúca, em Maceió. O conjunto abriga há mais de duas décadas o Centro de Atenção Psicossocial Rostan Silvestre (CAPS II), a Delegacia do Turista e a Patrulha Maria da Penha, unidades que prestam serviços diários a centenas de alagoanos.

O parlamentar cobrou transparência no processo e questionou o real interesse por trás da alienação. “O governo ganha e os alagoanos perdem. Não há como justificar a venda de imóveis que abrigam serviços essenciais sem explicar a quem isso realmente serve: ao povo ou a quem lucra com o patrimônio dos alagoanos”, afirmou.

A operação foi autorizada pela Lei nº 9.067/2023, aprovada pela Assembleia Legislativa de Alagoas e sancionada pelo Executivo após tramitação acelerada. A legislação permite a venda de imóveis públicos estaduais por meio de leilões, desde que avaliados conforme o valor de mercado.

De acordo com informações oficiais, o imóvel na Jatiúca teria sido negociado com duas construtoras locais, o que aumentou o questionamento sobre o destino da área e a manutenção dos serviços que funcionam no local.

Para Fabio Costa, a medida é um retrocesso social e demonstra falta de sensibilidade do governo com áreas essenciais. “A alienação de prédios que abrigam estruturas de atendimento à saúde mental, à proteção da mulher e do turista é um desrespeito ao cidadão”, declarou.

O deputado também afirmou que irá solicitar documentos e relatórios detalhados sobre o processo de venda, incluindo laudos de avaliação e critérios de escolha das empresas. “A transparência é o mínimo. Vender patrimônio público exige justificativa clara, não decisões tomadas a portas fechadas”, disse.

Segundo o parlamentar, o episódio “reflete um governo que prioriza negócios, não pessoas”, reforçando que a defesa do interesse público deve estar acima de qualquer transação financeira.