Gilmar Mendes vota pela soltura de Robinho no STF e abre nova polêmica sobre caso de estupro coletivo

22 de agosto de 2025 às 14:35
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O ex-jogador Robinho, em audiência de custódia na época da prisão, em 2024 - Reprodução

Por Redação

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu divergência nesta sexta-feira (22) ao votar pela soltura do ex-jogador Robson de Souza, o Robinho, preso desde março em Tremembé (SP) pelo crime de estupro coletivo.

Gilmar defendeu a derrubada da decisão que autorizou a execução da pena imposta pela Justiça da Itália no Brasil. Para ele, o artigo 100 da Lei de Migração — que permite a transferência da pena — não se aplica ao caso. Assim, votou por conceder habeas corpus e determinar a libertação do ex-atleta.

O julgamento ocorre no plenário virtual do STF. Até agora, os ministros Luiz Fux, relator, e Alexandre de Moraes votaram pela manutenção da prisão. Em março deste ano, o Supremo já havia rejeitado, por 9 votos a 2, outro recurso da defesa com o mesmo objetivo.

Robinho foi condenado em 2017 a nove anos de prisão pelo estupro coletivo de uma jovem albanesa em Milão, em 2013. Segundo a Justiça italiana, a vítima foi embriagada, levada inconsciente ao camarim de uma boate e violentada diversas vezes pelo jogador e outros cinco homens. A sentença se tornou definitiva em 2022, sem possibilidade de novos recursos.

A defesa insiste que o ex-atleta é inocente e questiona a validade da execução da pena no Brasil.