Empresas são condenadas por coagir funcionários a votar em Bolsonaro em 2022
Por Redação
Decisões recentes da Justiça do Trabalho condenaram dezenas de empresas acusadas de pressionar empregados a votar em Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022. Levantamento da Folha de S. Paulo aponta cerca de 30 ações já julgadas em primeira ou segunda instância.
Os casos envolveram práticas de assédio eleitoral como ameaças de demissão, promessas de benefícios e exigência de participação em atos de campanha. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), foram registradas 3.145 denúncias de assédio durante o pleito, em diferentes regiões do país.
Entre os exemplos citados, a Agronelli Ltda, em Minas Gerais, espalhou adesivos de Bolsonaro em computadores e mesas, promoveu palestras internas e afirmou que uma vitória do PT traria prejuízos à empresa e cortes de pessoal. Também em Minas, a Sada Bioenergia e Agricultura demitiu um motorista com 12 anos de casa por se recusar a usar adesivo do candidato.
Em São Paulo, a empresa Radiodoc condicionou folga de empregados à participação em evento da campanha e informou que haveria “consequências” caso não votassem em Bolsonaro. Situações semelhantes ocorreram em estados como Paraná e Espírito Santo, com distribuição de camisetas verde e amarelo, vídeos de propaganda e uso de slogans do então candidato.