Rumble e Trump Media acionam Justiça dos EUA contra Moraes mais uma vez
Por redação com Poder360 e Uol
O advogado Martin De Luca, que representa a plataforma Rumble e a Trump Media, afirmou que a ordem judicial do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), contra as empresas norte-americanas é uma “resposta direta” ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), após a carta que anunciou taxação de 50% sobre produtos brasileiros.
“Como a ordem do ministro não tem nenhum propósito prático e a ordem foi enviada dois dias depois da carta do presidente Trump, isso só pode ser interpretado como uma resposta direta à carta do presidente Trump, que faz referência a big techs sendo expulsas do Brasil, o que é uma alusão a Rumble”, disse. “Não achamos que é algo aleatório, é uma mensagem forte e clara desafiando a carta do presidente Trump”, completou.
As empresas entraram nesta 2ª feira (14.jul.2025) com nova petição na Justiça da Flórida contestando a decisão de Moraes, proferida na última 6ª feira (11.jul). A ordem determina a remoção de conteúdos relacionados ao comentarista Rodrigo Constantino, que mora na Flórida,além do fornecimento de seus dados às autoridades brasileiras. Em caso de descumprimento no prazo de 48 horas, a Rumble estaria sujeita a multa diária de R$ 100.000.
Na justificativa para o aumento das tarifas, Trump citou a “violação fundamental da liberdade de expressão dos norte-americanos (como demonstrado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro”.
As empresas alegam que a decisão é inválida, pois foram notificadas por e-mail de funcionários das plataformas, e não pelos canais oficiais de cooperação judicial internacional. Argumentam também que a medida é inócua, uma vez que a conta de Constantino está inativa desde dezembro de 2023 e que a Rumble está bloqueada no Brasil desde fevereiro, por decisão do STF.