Lula bate martelo, indica alagoana Marluce Caldas para o STJ e conclui escolha de novos ministros
Por redação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu indicar a procuradora de Justiça de Alagoas, Marluce Caldas, para uma das vagas abertas no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão deve ser oficializada ainda nesta quinta-feira (10) com a publicação no Diário Oficial da União. Lula e Marluce têm reunião marcada nesta tarde no Palácio da Alvorada.
Com a escolha, o presidente conclui o preenchimento das duas vagas pendentes na Corte. Em maio, ele já havia indicado o juiz Carlos Augusto Brandão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), para a outra cadeira disponível.
Marluce Caldas é natural de Alagoas e tia do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC. A expectativa nos bastidores é que a nomeação contribua para aproximar o gestor da capital alagoana do governo federal, com reflexos na disputa eleitoral de 2026.
As vagas no STJ surgiram após as aposentadorias das ministras Laurita Vaz e Assussete Magalhães. Por regra, uma das indicações deveria vir do Ministério Público e a outra da magistratura, critério que Lula seguiu com as nomeações de Marluce e Brandão.
A lista tríplice para o cargo ocupado por membros do MP estava com o presidente desde outubro do ano passado. Além de Marluce, concorriam Sammy Barbosa Lopes (MP do Acre) e Carlos Frederico Santos (MPF).
Após a publicação da escolha no Diário Oficial, a indicação será enviada ao Senado, onde passará por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, posteriormente, por votação no plenário. Somente após aprovação é que o nomeado pode tomar posse no STJ.
O Palácio do Planalto também deve anunciar em breve os nomes que ocuparão duas vagas de ministro substituto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que são reservadas à advocacia. Lula recebeu em maio as listas tríplices do Supremo Tribunal Federal (STF), sendo uma delas composta exclusivamente por mulheres. A medida foi articulada pela ministra Cármen Lúcia para reforçar a presença feminina na Justiça Eleitoral.