Justiça absolve ex-BBB Felipe Prior de acusação de estupro em jogos universitários em 2018

28 de junho de 2025 às 10:50
Brasil

Foto: Reprodução

g1

A Justiça de São Paulo absolveu nesta sexta-feira (27) o arquiteto Felipe Prior, ex-participante da 20ª edição do BBB, da acusação de ter estuprado uma mulher durante jogos universitários em 2018. A decisão ainda cabe recurso.

A informação foi confirmada ao g1 pelo advogado Renato Stanziola Vieira, que representa Prior. Como o caso está sob sigilo, o Tribunal de Justiça informou que "não tem acesso às informações, restritas, nesses casos, às partes e advogados".

O caso aconteceu durante o InterFAU — um evento esportivo universitário anual que reúne faculdades de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo — no município de Itapetininga, no interior do estado, em setembro de 2018, e veio à tona dois anos depois.

Na denúncia, divulgada pelo g1 na época, a vítima relatou que Prior se aproveitou de sua embriaguez para praticar atos libidinosos e conjunção carnal, com uso de violência física, mesmo diante de seu choro.

"O juiz foi correto, isento e soube separar o necessário combate a misoginia e atos abusivos de contexto sério em apurações criminais", avalia Renato Vieira.

Procuradas, as advogadas da vítima não se manifestaram até a última atualização da reportagem.

No total, Felipe Prior responde a quatro processos por estupro na Justiça de São Paulo: foi absolvido em um, condenado em dois e ainda aguarda julgamento em outro.

Ex-BBB Felipe Prior vira réu por estupro

À época dos fatos, Prior e a vítima residiam na Zona Norte da capital paulista e estudavam no mesmo campus da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Ele, então, passou a dar caronas a ela a outra amiga em comum. Segundo a decisão da 1ª Instância:

  • Prior teria dado carona à vítima e a uma amiga após uma festa universitária em agosto de 2014;
  • Depois de levar a outra colega em sua residência, Prior seguiu em direção à casa da vítima;
  • Em uma rua próxima à casa da mulher, Prior teria começado a beijá-la, passar a mão em seu corpo e puxado a vítima para o banco traseiro;
  • Prior, então, teria estuprado a vítima, que não conseguiu oferecer resistência, pois estava alcoolizada.

A sentença da 7ª Vara Criminal da capital destaca que o processo foi complexo — tendo a necessidade de ouvir 19 pessoas.

Além disso, a magistrada que assinou a primeira decisão afirmou que tanto os depoimentos das vítimas quanto das testemunhas foram coerentes e, ao lado das provas apresentadas, formaram um conjunto robusto para que Prior fosse condenado ao crime.