Ex-prefeito alagoano de Taboão da Serra forjou atentado para manipular eleição, conclui polícia

17 de fevereiro de 2025 às 16:22
POLÊMICA

Foto: reprodução

Por redação

A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo concluíram que o ex-prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio (Podemos), forjou o próprio atentado a tiros ocorrido em 18 de outubro de 2024. A informação foi revelada em reportagem do G1 SP nesta segunda-feira (17).

Segundo as investigações, o ataque foi uma farsa planejada para sensibilizar o eleitorado e impulsionar a campanha de reeleição de Aprígio, que concorria no segundo turno contra Engenheiro Daniel (União Brasil). O caso teve grande repercussão após a circulação de vídeos mostrando o ex-prefeito sangrando dentro do carro e depois se recuperando no hospital.

A operação "Fato Oculto" revelou que pelo menos nove pessoas estiveram envolvidas na encenação, incluindo três secretários municipais e o sobrinho de Aprígio. Os executores do falso atentado teriam recebido R$ 500 mil cada, e um fuzil AK-47 foi adquirido por R$ 85 mil para a simulação. A polícia prendeu um dos participantes, mas outros dois envolvidos seguem foragidos.

A Justiça negou os pedidos de prisão preventiva para os secretários e o sobrinho do ex-prefeito, autorizando apenas buscas e apreensões. O atual prefeito de Taboão, Engenheiro Daniel, afirmou que não ficou surpreso com a conclusão das investigações e elogiou o trabalho da polícia. A Polícia Federal também apura o caso, mas ainda não divulgou mais detalhes.