Xuxa diz que tem vontade de raspar cabelo devido à alopecia; entenda doença
UOL
A apresentadora Xuxa participou do programa "Casa de Verão", comandado pela Eliana no GNT, e contou seus dilemas com o cabelo. Por causa de uma alopecia androgenética, ela tem poucos fios e vontade de raspar os cabelos, para não depender mais de remédios.
Minha vontade é passar máquina zero, mas acho que as pessoas ficariam assustadas.
Xuxa
Entenda a doença
Alopecia é muito comum. A SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) estima que existam 42 milhões de brasileiros enfrentando algum tipo de queda de cabelo. É comum que se perca, em média, cem fios por dia, mas quando eles caem em quantidade maior é importante buscar ajuda profissional.
Não é contagiosa. Fatores genéticos, estresse e infecção podem estar relacionados à doença. Em geral, a alopecia pode afetar pessoas de ambos os sexos e se manifestar em qualquer idade.
Existem tipos diferentes. É possível ter um quadro inflamatório, como no caso da Xuxa, que engloba a androgenética e a areata, ou casos cicatriciais.
As diferenças entre alopecia areata e androgenética. A médica referência em ciências capilares e CEO da Passoni Clinic, Luciana Passoni, explica que a areata é aquela que é bem localizada, que a pessoa fica com umas placas sem cabelo no couro cabelo. Segundo uma publicação da Escola de Medicina de Harvard, a maioria das pessoas que desenvolve esse tipo tem menos de 30 anos. A androgenética pode aparecer a partir da puberdade, porque é afetada pela produção de testosterona, fazendo a pessoa perder cabelo gradativamente.
Os níveis de testosterona são determinantes para a evolução da androgenética. A alopécia androgenética, como a da Xuxa, acontece quando receptores de testosterona conseguem se ligar nos folículos pilosos do cabelo, causando uma inflamação capaz de matar aquele folículo.
Efeito não é instantâneo. "[Na androgenética,] a inflamação acontece de forma bem lenta, diminuindo aos poucos a densidade do cabelo, deixando-o fino, até a hora que o couro cabeludo se torna visível", explica Passoni.
Alopécia cicatricial é autoimune. De acordo com Passoni, neste caso, os folículos são mortos de maneira irreversível. "Quanto antes o diagnóstico, melhor. Mas, no caso da cicatricial, só tem como adiar. Às vezes, a única solução é o transplante capilar, mas há riscos de o corpo rejeitar", explica a especialista.