MPAL denuncia oito pessoas por sonegação fiscal e lavagem de dinheiro

Redação com Assessoria

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), denunciou oito indivíduos envolvidos em crimes de organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica. A ação, que segue os desdobramentos da operação "Circuito Fechado", realizada em dezembro do ano passado, tem como base a análise de dados obtidos durante a investigação.

A operação, que cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em residências e empresas localizadas em Maceió, revelou que o grupo fraudava documentos e manipulava empresas com o intuito de obter vantagens ilícitas. Para isso, contava com a participação de contadores, advogados, empresários e "testas de ferro". O MPAL pede uma reparação mínima de R$ 502,5 milhões aos cofres públicos, além da condenação por danos morais coletivos.

Os envolvidos atuavam em um esquema de sucessões empresariais fraudulentas no ramo de supermercados, utilizando sócios-laranjas para evitar o pagamento de dívidas tributárias. A investigação, que teve acesso a dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), identificou transações financeiras suspeitas, incluindo lavagem de dinheiro.

Além disso, o líder do grupo já havia sido investigado na operação Camaleão, de 2019, pela Polícia Federal. O Gaesf é composto por diversas entidades, incluindo a Secretaria da Fazenda de Alagoas (Sefaz) e a Polícia Militar, com apoio da Perícia Oficial de Alagoas.