Polícia Científica de Alagoas paralisa atividades por 48 horas em busca de reajuste salarial

11 de dezembro de 2024 às 15:20
Alagoas

Foto: Ilustração

Redação com Assessoria

A Polícia Científica de Alagoas deflagrou uma paralisação de 48 horas a partir desta quinta-feira (12), em um movimento que promete impactar os serviços periciais no estado. A categoria reivindica a incorporação da Bolsa Qualificação na classe inicial de cada cargo e a correção do percentual de interstício entre as classes das carreiras, buscando igualdade salarial com outras categorias da Secretaria de Segurança Pública.

A decisão de cruzar os braços foi tomada em assembleia realizada na última quinta-feira (5), em decorrência da falta de diálogo com o governo estadual. Segundo a diretora do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas, Ana Paula Cavalcante, o processo de negociação se arrasta desde 2023, passando por diversas instâncias sem que o governo apresentasse uma proposta concreta.

“A categoria está cobrando uma posição do governo, tendo em vista que o recesso legislativo está próximo e queremos uma definição em relação ao nosso pleito”, afirmou Ana Paula. A sindicalista ressalta ainda que a Bolsa Qualificação, concedida como um reajuste temporário, está com os dias contados e, caso não seja incorporada, os servidores terão uma redução salarial em fevereiro de 2025.

A paralisação de 48 horas deve impactar diretamente os serviços oferecidos pela Polícia Científica, como análises de locais de crime, necropsias e emissão de carteiras de identidade. Apesar disso, a categoria garante que 30% dos serviços essenciais serão mantidos, conforme determina a legislação.

Histórico de negociações

Em setembro do ano passado, os servidores já haviam realizado um protesto em frente ao Palácio República dos Palmares, buscando pressionar o governo a atender às suas reivindicações. Na ocasião, um grupo de representantes foi recebido pela Secretaria de Planejamento, Gestão e Patrimônio, mas as negociações não avançaram.

A paralisação desta quinta-feira demonstra a insatisfação da categoria com a falta de avanço nas negociações e a necessidade de uma solução urgente para a questão salarial.