PM que jogou homem de ponte é preso em São Paulo

05 de dezembro de 2024 às 10:18
Brasil

Foto: Reprodução

CNN Brasil

O policial militar que jogou um homem da ponte, na zona Sul de São Paulo, foi preso na manhã desta quinta-feira (5).

O soldado Luan Felipe Alves Pereira está detido na sede da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo. O Tribunal de Justiça Militar aceitou o pedido de prisão realizado pela Corregedoria nesta quarta (4).

Ele já estava afastado das atividades operacionais desde a tarde de terça-feira (3). Além dele, outros 12 agentes também seguiram a determinação da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Um vídeo flagrou o policial jogando um motociclista de uma ponte no bairro Vila Clara, na região de Cidade Ademar. Luan e os outros militares pertencem ao 24º Batalhão de Diadema.

CNN apurou que Luan Pereira ficará preso no Presídio Militar Romão Gomes, na zona Norte de São Paulo. Em depoimento, o policial afirmou que o objetivo dele era imobilizar o homem após ele ter, supostamente, resistido a uma abordagem policial. Segundo o PM, a intenção era jogá-lo no chão – e não do muro.

O militar já foi acusado pela morte de um suspeito com 12 tiros após uma perseguição em Diadema, na Grande São Paulo. O caso, que inicialmente tramitou na Justiça Militar, foi encaminhado à Justiça comum, sob suspeita de homicídio doloso, mas acabou arquivado em janeiro deste ano.

Nesta quarta-feira (4), em entrevista à CNN, o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Cássio Araújo Freitas, afirmou que todos os episódios de violência policial ocorridos nos últimos dias estão em apuração rigorosa por parte da Corregedoria da corporação.

“Os erros foram pessoais e pontuais, e a responsabilidade é da instituição. Por isso que a instituição está apurando, seja através de inquéritos policiais militares, seja através de sindicâncias”, destacou.

Em nota, a defesa do policial Luan Pereira informou que a “prisão demonstra que há uma antecipação de culpa“. Leia abaixo o comunicado na íntegra:

“Ainda não tivemos acesso a íntegra da decisão, que está em segredo de justiça. Mas essa prisão demonstra que há uma antecipação de culpa. O policial está a disposição da Justiça, mas a prisão preventiva só atendeu a um clamor social, transformando uma prisão processual em uma prisão pena. Essa prisão não atende os requisitos, porque o soldado tem residência fixa, estava cumprindo expediente na Corregedoria todos dias, se apresentou espontaneamente e tem contribuído com a investigação”. 

O advogado do PM ainda confirmou a prisão e afirmou que entrará com um pedido de soltura.