Ufal reflete aumento da população negra e parda em Alagoas: dados revelam mudanças na composição racial da universidade
Por redação
O Dia da Consciência Negra, celebrado neste 20 de novembro, serve como um momento para refletir sobre a história e a cultura afro-brasileira, além de discutir as desigualdades raciais ainda presentes na sociedade. Em Alagoas, os dados da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para um cenário de crescente representatividade da população negra e parda, tanto na instituição de ensino quanto no estado como um todo.
Um levantamento realizado no site da Ufal revelou que, em 2024, a universidade conta com cerca de 9.700 alunos que se autodeclaram pardos, 2.200 negros e 8.300 brancos. Em comparação aos dados de 2023, quando os números eram de 9.200 pardos, 2.044 negros e 8.614 brancos, observa-se um aumento no número de estudantes que se identificam como pardos e negros.
Esses dados da Ufal corroboram com os resultados do último censo do IBGE, que apontam para um crescimento significativo da população preta e parda em Alagoas.
De acordo com o levantamento, o estado possui 3.127.683 habitantes, sendo que os grupos pretos (+42,3%), pardos (+11,9%) e indígenas (+89%) apresentaram variação positiva. O percentual de pessoas que se declaram pretas também atingiu o maior valor da série histórica, passando de 5% em 1991 para 10,2% em 2022.