Mães de crianças com microcefalia e trabalhadores do Hospital Veredas protestam em Maceió

19 de novembro de 2024 às 15:34
Maceió

Foto: reprodução
 

Redação

A capital alagoana foi palco de dois protestos distintos na manhã desta terça-feira (19). Um grupo de mães de crianças com microcefalia, representado pela Associação Famílias de Anjos do Estado de Alagoas (AFAEAL), bloqueou um trecho da Avenida Fernandes Lima, em frente ao Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), reivindicando mais assistência para seus filhos. Paralelamente, trabalhadores do Hospital Veredas também realizaram um ato na mesma via, cobrando o pagamento de salários e direitos trabalhistas.

As mães de crianças com microcefalia, em especial, expressaram indignação com a exclusão de Alagoas do programa nacional de cirurgias ortopédicas para crianças com a síndrome, lançado pelo Ministério da Saúde. Segundo a presidente da AFAEAL, Alessandra Hora, “isso é uma negligência inaceitável”. A associação também cobra a aprovação do Projeto de Lei 6064/23, que visa garantir mais direitos e benefícios para essas famílias.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) se manifestou sobre o caso, afirmando que o atendimento às crianças com microcefalia é realizado de forma compartilhada entre o Estado e os municípios. A pasta ressaltou que os serviços oferecidos pelo Estado incluem exames especializados, consultas com diversos profissionais e medicamentos. No entanto, a Sesau destacou que o transporte das crianças para os centros de reabilitação e o acompanhamento periódico são responsabilidades dos municípios.

Já os trabalhadores do Hospital Veredas protestaram contra o atraso no pagamento de salários, o pagamento parcelado do 13º salário de 2022 e a retenção do complemento do piso salarial dos enfermeiros.

A paralisação dos dois grupos causou congestionamento na Avenida Fernandes Lima, uma das principais vias da cidade. Equipes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e da Polícia Militar foram acionadas para organizar o trânsito e garantir a segurança dos manifestantes.