Bailarina alagoana emociona no Caldeirão do Mion e se destaca no quadro “Arte Transforma”

10 de novembro de 2024 às 07:41
Alagoas

Foto: Reprodução

Redação

A bailarina Gabriela Amorim, de 27 anos, foi o grande destaque do quadro “Arte Transforma” no programa Caldeirão do Mion, exibido pela Rede Globo neste sábado (9). Gabriela, que é a única bailarina cadeirante de Alagoas, encantou o público ao compartilhar sua história de vida e se apresentar no palco do programa, emocionando a audiência.

A oportunidade de participar do quadro, comandado pelo apresentador Marcos Mion, surgiu após Gabriela, conhecida como Bibi Amorim, publicar um vídeo nas redes sociais onde expressava o desejo de aparecer no programa. “Sonhos não são descartáveis. Por mais difíceis ou distantes que possam parecer, não desistam, porque tudo é possível. Lutar pelos nossos sonhos pode ser desgastante, mas, no final, vale a pena”, declarou a bailarina.

Durante o programa, Bibi contou sua trajetória e desafios como artista e pessoa com deficiência. Ela nasceu com mielomeningocele, uma má-formação na coluna que a tornou paraplégica, mas isso não a impediu de perseguir o sonho de dançar balé. “Eu tinha 9 anos quando assisti a um espetáculo da Jeane Rocha Academia de Dança. Foi amor à primeira vista. Eu disse para minha mãe: ‘quero fazer balé’. Ela sempre me incentivou, sempre esteve ao meu lado”, relembrou.

No quadro Arte Transforma, inspirado pelo filho de Mion, Romeo, Gabriela teve a chance de apresentar uma coreografia especial, considerada a mais desafiadora de sua carreira. “Foi a apresentação mais difícil que já fiz na minha vida, mas também a mais encantadora, a melhor. Espero que todos gostem e que inspire o máximo de pessoas possível, para que elas sigam seus sonhos”, destacou.

Além das cenas gravadas no estúdio, a produção do programa também registrou Gabriela em locais emblemáticos de Maceió, como o Teatro Deodoro e a orla marítima, destacando a importância da dança inclusiva e a beleza de Alagoas. A participação de Bibi representa um marco para a arte inclusiva no Brasil, além de reforçar o papel transformador da cultura na vida das pessoas com deficiência.

Nas redes sociais, Gabriela Amorim utiliza sua visibilidade para conscientizar sobre o capacitismo e inspirar seguidores a desafiar estigmas. Ela reforça que a deficiência não é um obstáculo, mas parte de sua identidade, e busca influenciar outras pessoas a viverem com autonomia e a perseguirem seus sonhos.