Novas testemunhas são ouvidas no júri do assassinato do auditor fiscal João de Assis Pinto Neto
Redação
Acusados de assassinarem brutalmente o auditor fiscal João de Assis Pinto Neto, cinco pessoas tiveram seus nomes levados a júri popular. O crime, que chocou Alagoas em agosto de 2022, teve detalhes macabros revelados durante a primeira sessão.
Testemunhas de acusação e de defesa foram ouvidas ao longo do dia, revelando um crime planejado e executado com extrema violência. Um dos depoimentos mais marcantes foi o da viúva de João de Assis, Maria Marta Pinto, que emocionou a todos ao descrever a dor da perda e as sequelas deixadas pela tragédia.
Segundo a denúncia do Ministério Público, os acusados, Ronaldo Gomes de Araújo, Ricardo Gomes de Araújo, João Marcos Gomes de Araújo, Maria Selma Gomes Meira e Vinícius Ricardo de Araújo da Silva, são responsáveis por um homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. A vítima foi assassinada durante uma fiscalização em um depósito de bebidas, onde ocorria a venda de produtos roubados.
Uma testemunha ocular, que era menor de idade à época do crime, detalhou a participação de cada um dos acusados no assassinato. Segundo o depoimento, a vítima foi espancada, torturada e, em seguida, teve o corpo carbonizado para dificultar a identificação. O celular de João de Assis foi encontrado pela polícia com fotos do local do crime, o que reforçou as evidências contra os acusados.
A morte do auditor fiscal gerou grande comoção em Alagoas. Colegas de profissão, amigos e familiares realizaram diversas manifestações pedindo justiça e cobrando a punição dos responsáveis pelo crime. A expectativa é que o julgamento, que não tem previsão para ser encerrado, sirva como um marco na luta contra a violência e a impunidade.
O caso
João de Assis Pinto Neto foi assassinado no dia 26 de agosto de 2022, durante uma fiscalização em um depósito de bebidas no bairro Benedito Bentes, em Maceió. O corpo da vítima foi encontrado carbonizado em uma avenida do bairro, com 95% do corpo comprometido. A motivação do crime teria sido a tentativa de impedir a investigação de um esquema de venda de produtos roubados.