X fora do Brasil? Entenda o que muda para os usuários

20 de agosto de 2024 às 07:23
DECISÃO DE ELON MUSK

Foto: reprodução

Por redação com CNN

Após decisão anunciada no último sábado (17) por Elon Musk, a rede social X, antigo Twitter, encerrou seu escritório no Brasil. A decisão do empresário veio após sucessivas declarações a respeito do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

A retirada da rede social é mais uma entre as muitas manifestações do proprietário do X, em relação a condução do ministro sobre os processos que envolvem ele e a empresa no país.

Como repercussão, governo e oposição se posicionaram a favor e contra o bilionário, e muito se tem falado sobre quais serão os próximos capítulos. Mas afinal, o que muda com a saída dos representantes do X, que atuava no Brasil desde 2012?

Para analisar os impactos dessa mudança, o especialista em tecnologia e inovação, Arthur Igreja, comentou como a saída da representação do X, no Brasil, chega nos serviços para os usuários, e a perspectiva do impacto no mercado de tecnologia, e como essa decisão pode impactar as outras redes sociais.

Para analisar os impactos do ponto de vista legal, e quais são as consequências jurídicas da decisão que tirou o X do Brasil, Patrícia Peck, especialista em direito digital, e Sueli Murakami, especialista em direito constitucional, analisaram como a Justiça brasileira será impactada.

Como fica para o usuário

Para Arthur Igreja, neste momento, não há nenhuma ferramenta ou funcionalidade ser afetada. Mas isso não significa que mudanças não estejam em um futuro não muito distante.

“Pode acontecer algo parecido com o que ocorreu com as IA’s da Meta, que não estão funcionando no Brasil em virtude da decisão do Comitê de Proteção de Dados, que não permitia o uso dos dados dos usuários para treinar a IA generativa. O X acabou de lançar o Grok. Teremos que ver como é que tudo isso vai se desenrolar, porém, a priori, no curto prazo, não muda nada”, analisa Arthur.

No momento de especulações e embates sobre os “limites” da rede social, o especialista em tecnologia diz que a forma como os dados dos usuários são tratados pelo X, vai depender se a empresa fará alguma mudança relevante.

“Essa tomada de decisão e com esse time virtualmente extinto no Brasil, a partir disso é que conseguiremos entender essas mudanças e impactos”, acrescenta.

Na visão dos entrevistados, o fato do Brasil ser um mercado tão estratégico para as redes sociais, a empresa não deve descartar os usuários da noite para o dia. Na visão de Patrícia Peck, “existe um compromisso que precisa ser honrado com o próprio público usuário” e que não pode ser ignorado.

“De imediato não muda nada, tanto para usuários quanto para anunciantes. O aplicativo segue funcionando normalmente, continua com a mesma política. O que mudou foi a equipe, uma redução drástica do time, mas não é uma saída do país e nem se sabe qual o caminho o X tomará no futuro”, complementa Arthur.