Redação
Três dos seis acusados pelo assassinato de Kleber Malaquias de Oliveira enfrentarão o júri popular nesta quarta-feira (17) em Maceió. O crime, que chocou Rio Largo há quatro anos, ocorreu em julho de 2020 e teve como vítima um conhecido denunciante de crimes envolvendo políticos e outras autoridades.
Fredson José dos Santos, apontado como o executor do homicídio, estará no banco dos réus ao lado de Edinaldo Estevão de Lima e José Mario de Lima Silva, considerados partícipes no caso. O Ministério Público de Alagoas sustenta que o crime foi duplamente qualificado, alegando impossibilidade de defesa da vítima e execução mediante promessa de recompensa.
Kleber Malaquias ganhou notoriedade nacional por suas denúncias incisivas, o que, segundo a acusação, teria motivado seu assassinato de forma planejada. Detalhes do caso revelam uma trama meticulosa, incluindo a alteração de placas de veículos e o uso de linhas telefônicas para dificultar rastreamentos.
No dia fatídico, Malaquias foi atraído por Edinaldo para um posto de combustíveis por volta das 10h30, e posteriormente conduzido ao Bar da Buchada às 14h, com José Mario orientando os passos. Cerca de uma hora após chegar ao local, a vítima foi seguida ao banheiro por Fredson, que então disparou contra ela, resultando em seu falecimento.
Apesar de o crime ter ocorrido em Rio Largo, o julgamento foi transferido para Maceió após pedido de desaforamento pelo Ministério Público de Alagoas. A medida visou assegurar a imparcialidade do veredicto diante das circunstâncias e temores de possíveis retaliações contra testemunhas indiretas do caso.
Os promotores de Justiça Lídia Malta, Tácito Yuri e Kleber Valadares estarão à frente do caso no júri popular, que promete ser um marco na busca por justiça no estado de Alagoas.
