Entre ser vice de Lula e ajudar a reeleição do pai, qual seria a escolha de Renan Filho?

Por Berg Morais 

Com uma cadeira garantida no Senado Federal até 2030, Renan Filho (MDB) não tem o que perder no pleito de 2026. No entanto, o ex-governador de Alagoas terá de fazer uma escolha mais pessoal que política. Ele terá de decidir se continua projetando seu nome no cenário nacional enquanto ministro dos Transportes ou se atuará para garantir a reeleição do pai, Renan Calheiros (MDB), ao cargo de senador. 

Mas quem acompanha a trajetória política de Renan Filho, principalmente enquanto governador, sabe que o ego dele sempre falou mais alto. Aliados próximos, como deputados e prefeitos, nunca esconderam a insatisfação por conta das vezes que foram “humilhados e desprezados” ao tentar uma agenda com o então mandatário do Executivo estadual. 

Não era apenas políticos que passaram vexame com Renanzinho no Governo. Muitos profissionais da comunicação também foram vítima elevado grau de complexo de superioridade do filho do senador Renan Calheiros (MDB). Quem não lembra do ataque público ao jornalista Arnaldo Ferreira? 

Portanto, muitos analistas acreditam que, por não ter o que perder, Renan Filho tende a permanecer tentando ganhar visibilidade no cenário nacional para ser o vice de Lula do que em enfrentar uma candidatura ao governo de Alagoas para ajudar o pai. Afinal, uma eleição majoritária estadual exige muitos recursos e gera desgaste - coisa que ele nunca gostou de ter.