MPF, DPU e órgãos públicos se reúnem para discutir impactos da Mineração Vale Verde em Craíbas

31 de maio de 2024 às 15:07
Meio Ambiente

Foto: Cortesia

Redação

Na tarde da última quarta-feira (29), o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU), a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a Defesa Civil do Estado e o Instituto do Meio Ambiente (IMA) se reuniram para discutir os impactos socioambientais das atividades da Mineração Vale Verde no município de Craíbas, em Alagoas.

A reunião, realizada em acompanhamento das medidas acordadas na ação civil pública ajuizada pela DPU, teve como objetivo analisar estudos técnicos que indiquem os danos causados pela empresa à população local e ao meio ambiente. O MPF atua como fiscal da lei na ação.

Estudos técnicos em andamento

Durante o encontro, a UFAL apresentou estudos hidrológicos de grande relevância, enquanto o IMA detalhou os levantamentos realizados, com georreferenciamento dos imóveis atingidos, que serão apresentados nos próximos dias. O órgão também ressaltou a resistência da mineradora em custear estudos sismológicos a serem desenvolvidos pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Necessidade de financiamento e nova audiência judicial

O engajamento dos órgãos públicos na busca por estudos técnicos foi ressaltado, assim como a necessidade de financiamento para ampliação desses estudos, quando os órgãos públicos não dispõem de recursos suficientes.

A procuradora da República Juliana Câmara mencionou a importância da realização de nova audiência judicial: "Todo encontro presencial é uma oportunidade de melhor explicar a situação e revelar os impactos causados. Afinal, ainda que o empreendimento seja legal e atue dentro das normas ambientais, pode estar causando impactos no entorno e precisa repará-los”.

Diego Alves, defensor regional dos direitos humanos, ressaltou os esforços conjuntos na busca por respostas para os impactos: "A intenção é diagnosticar as causas para os danos apontados pela comunidade vulnerável que reside no entorno da mineradora e, uma vez identificados, seja atribuído o dever de reparação/compensação a quem deu causa na medida da sua responsabilidade”.