O gabinete de guerra deverá reunir-se em Jerusalém esta noite deste domingo às 21h (15h de Brasília) para discutir um acordo de libertação de reféns —, disse o responsável à AFP sob condição de anonimato, depois de retomar os esforços internacionais para chegar a um acordo. cessar-fogo em Gaza.
Neste sábado, um funcinário israelense já havia dito à AFP que o país tem a "intenção" de retomar "esta semana" as negociações.
Existe a intenção de retomar as negociações esta semana e há [a busca de] um acordo — declarou à AFP o funcionário, que pediu anonimato, depois que representantes americanos e israelenses se reuniram em Paris.
A fonte israelense não revelou mais detalhes, mas a imprensa do país informou que o diretor do Mossad (serviço de Inteligência de Israel), David Barnea, concordou durante reuniões preliminares em Paris, neste fim de semana, com o diretor da CIA, Bill Burns, e com o primeiro-ministro do Catar, Mohamed bin Abdulrahman al Thani, ambos representantes dos países mediadores, um novo marco para as negociações, que permanecem estagnadas.
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, também conversou com o ministro do gabinete de guerra israelense, Benny Gantz, sobre os esforços para obter um cessar-fogo e a reabertura da passagem de Rafah o mais rápido possível.
Há meses, Catar, Estados Unidos e Egito vêm tentando persuadir Israel e o Hamas a aceitar uma trégua e uma troca de prisioneiros que poderia ajudar a encerrar a guerra de sete meses. Mas as negociações anteriores foram repetidamente interrompidas por causa da duração e da natureza da negociação: o Hamas quer um cessar-fogo permanente, que lhe permita permanecer no comando de Gaza, enquanto Israel fala em retomar os confrontos após uma pausa, visando tirar o Hamas do poder.
Outro grande ponto de discórdia na última rodada se concentrou em como fazer a transição entre as diferentes fases de um acordo de três estágios. Os pontos de atrito anteriores incluíam até que ponto as tropas israelenses deveriam se retirar de Gaza durante qualquer trégua e se Israel permitiria que os habitantes de Gaza se deslocassem livremente entre o norte e o sul de Gaza.
As partes também discordaram sobre o número de reféns que deveriam ser libertados pelo Hamas, bem como o número de prisioneiros palestinos que deveriam ser libertados em troca por Israel. Na última rodada, os negociadores falaram sobre a possibilidade de o Hamas libertar 33 reféns, principalmente mulheres, idosos e qualquer pessoa que precise de cuidados médicos urgentes.