Operação desmantela organização criminosa que movimentou mais de R$ 243 milhões dos cofres públicos em AL

Por redação com assessoria

Uma operação conjunta do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) e das Polícias Militar e Civil desmantelou uma organização criminosa que fraudava licitações e desviava recursos públicos em 20 municípios alagoanos. A ação, denominada Operação Maligno, foi deflagrada na quinta-feira (16) e resultou na prisão de cinco pessoas, apreensão de bens e bloqueio de contas bancárias.

A investigação, que durou 14 meses, revelou que a organização criminosa operava através de uma pseudocooperativa de prestação de serviços, com sede em Maceió. A empresa firmava contratos milionários com prefeituras municipais, oferecendo serviços como coleta de lixo, limpeza pública, entre outros. No entanto, os serviços não eram realizados ou eram feitos de forma precária, enquanto os recursos públicos eram desviados para os cofres da organização.

Segundo o MPAL, os contratos eram firmados de forma irregular, por meio de "licitações por carona", que facilitam a contratação de empresas sem a devida concorrência. Estima-se que a organização tenha movimentado R$ 243 milhões entre outubro de 2020 e março de 2023, sendo que R$ 46 milhões desse valor foram desviados.

Ostentação e bens apreendidos

O poder econômico da organização criminosa era evidente na ostentação do seu líder, que comprou um Porsche que pertencia ao jogador Daniel Alves. Durante a operação, a Porsche foi apreendida, além de R$ 828.686,00 em dinheiro e outros bens de luxo.

Prisões e bloqueio de bens

Cinco pessoas foram presas na operação, sendo três em Petrolina (PE), uma em Maceió (AL) e outra em Japaratinga (AL). Oito mandados de busca e apreensão também foram cumpridos nas mesmas localidades. A Justiça determinou o bloqueio de bens dos denunciados no valor de R$ 46 milhões.

Investigação continua

As investigações indicam que a organização criminosa pode estar atuando em outros municípios de Alagoas e da Bahia. O MPAL e as polícias civis dos dois estados continuam investigando o caso para identificar outros envolvidos e desarticular completamente a rede criminosa.