Aprovados em concurso da Polícia Científica cobram de Paulo Dantas a convocação após conclusão de curso preparatório

08 de março de 2024 às 19:10
Justiça

Foto: reprodução

Por Carlos Maravilhense 

O processo de nomeação dos futuros policiais científicos em Alagoas tem sido marcado por uma demora inaceitável, deixando os profissionais capacitados à espera, enquanto o Estado parece indiferente às suas necessidades e à demanda da população por segurança eficiente.

Desde a publicação do edital do concurso público para a Polícia Científica em maio de 2022, até a realização das provas e a conclusão do curso de formação em dezembro de 2023, os candidatos aprovados têm enfrentado um desgastante jogo de espera, sem qualquer sinal de avanço por parte do governo estadual.

O descaso é ainda mais evidente quando se considera que esses profissionais não só passaram por um rigoroso processo seletivo, mas também custearam integralmente seu próprio curso de formação. Enquanto em outros estados e em outros cursos de formação policial é comum o pagamento de bolsas para os participantes, em Alagoas esses homens e mulheres sacrificaram empregos, deixaram famílias e vieram na expectativa de servir à comunidade alagoana.

André Lira, um dos aprovados, ressaltou o absurdo dessa situação. Ele aponta que, enquanto os Policiais Civis tiveram seus processos de nomeação concluídos em apenas 15 dias, os policiais científicos aguardam há 44 dias sem qualquer previsão de avanço. O curso encerrou há três meses, e ainda assim, não há sinais de ação por parte do governo.

A falta de resposta do governador ou de qualquer representante do estado é preocupante. A pauta já foi tema de debates até mesmo no congresso nacional, e mesmo assim, os profissionais continuam sem qualquer sinal de progresso em suas nomeações. O custo dessas nomeações já foi aprovado nas contas do estado, o que torna o atraso ainda mais injustificável.

Nathália Lins, aprovada para o cargo de Perita Criminal, também expressou sua indignação com a situação. Ela destaca que o curso de formação foi árduo e demandou total dedicação, sem qualquer tipo de apoio financeiro por parte do estado. Agora, junto com outros aproximadamente 120 aprovados, ela aguarda desde dezembro pela nomeação, sem qualquer sinal de progresso por parte do governo.

Enquanto isso, as vagas existem e os profissionais estão prontos para servir à população alagoana. O atraso nas nomeações não só é uma afronta aos direitos desses profissionais, mas também representa um descaso com a segurança pública do estado.