Presidente do comitê organizador dos Jogos de Paris pede que não haja greves durante Olimpíadas

28 de fevereiro de 2024 às 15:10
ESPORTES

Foto: reprodução

Por redação com AFP

O presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Paris, Tony Estanguet, pediu nesta quarta-feira que não sejam feitas greves durante a realização do evento, após ameaças de sindicatos e políticos. A capital francesa sediará os Jogos Olímpicos de 26 de julho a 11 de agosto, e os Jogos Paralímpicos de 28 de agosto a 8 de setembro.

Em uma entrevista à France Télévisions, Estanguet afirmou que queria “receber o mundo nas melhores condições possíveis” e sem “estragar a festa”. Questionado se queria uma “trégua social” durante o encontro, ele respondeu “sim”.

A deputada de esquerda radical Mathilde Panot encorajou os franceses em fevereiro a fazerem greve durante os Jogos Olímpicos, face a um governo “que não ouve nada nem ninguém”.

“Não estou completamente surpreso, os Jogos Olímpicos são uma plataforma incrível”, reagiu Estanguet.

Há vários meses que decorrem negociações em diversos setores para responder às ameaças de greves na polícia, nos transportes e nos hospitais, de forma a compensar o adiamento das férias e horas extraordinárias de verão. O principal sindicato da empresa de transporte público parisiense apresentou aviso de greve no dia 5 de fevereiro até o final dos Jogos Paralímpicos.

“Não podemos acolher o mundo com tanta ambição sem sentir qualquer desconforto”, reconheceu Estanguet.

“Em geral as pessoas estão ansiosas, acompanham o jogo, vão se organizar para que essa festa seja linda e esperamos que seja assim até o final”, disse o tricampeão olímpico.