Empresas de tecnologia firmam acordo para detecção e combate a fake news geradas por IA nas eleições

18 de fevereiro de 2024 às 14:00
ELEIÇÕES

Foto: Reprodução

Por redação com AFP

Durante a Conferência de Segurança de Munique, realizada nesta sexta-feira (16) na Alemanha, 20 empresas líderes de tecnologia, incluindo Adobe, Amazon, Google, IBM, Meta, Microsoft, OpenAI, TikTok e X (antigo Twitter), firmaram acordo para trabalharem juntas na detecção e combate a fake news geradas por inteligência artificial (IA) nas eleições de 2024. A ação visa inibir conteúdos fraudulentos nos mais de 40 países que elegerão futuros líderes de governos.

O comunicado divulgado pelas empresas aponta que o acordo é um "conjunto de compromissos para implantar tecnologia que combata conteúdo prejudicial gerado por IA destinado a enganar os eleitores".

As big techs se comprometeram ainda a "trabalhar em colaboração em ferramentas para detectar e abordar a distribuição online desse conteúdo de IA, impulsionar campanhas educativas e proporcionar transparência, entre outras medidas concretas. Inclui também um amplo conjunto de princípios, incluindo a importância de rastrear a origem de conteúdos fraudulentos relacionados com as eleições e a necessidade de sensibilizar o público para o problema".

O conteúdo digital abordado pelo acordo consiste em áudio, vídeo e imagens gerados por IA que falsificam ou alteram enganosamente a aparência, voz ou ações de candidatos políticos, funcionários eleitorais e outras partes interessadas importantes em uma eleição democrática, ou que fornecem informações falsas aos eleitores sobre quando, onde e como podem votar.

"É crucial que a indústria trabalhe em conjunto para proteger as comunidades contra a IA enganosa e enganosa neste histórico ano eleitoral", disse Theo Bertram, vice-presidente de políticas públicas globais do TikTok.

"Isto baseia-se no nosso investimento contínuo na proteção da integridade eleitoral e no avanço de práticas responsáveis e transparentes de conteúdos gerados por IA através de regras robustas, novas tecnologias e parcerias de literacia mediática com especialistas", completou.