Otan aumenta investimento militar e terá 18 membros dentro da projeção de gastos em 2024

Cerca de dois terços dos 31 Estados-membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) estão se preparando para atingir a meta de gastos com defesa de 2% do PIB até 2024. Isso é quase o dobro do número alcançado no ano passado, segundo autoridades. As informações são do site The Defense Post.

Jens Stoltenberg, secretário-geral da organização, revelou as novas estimativas da aliança militar nesta quarta-feira (14), após declarações controversas do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Ele sugeriu que a Rússia deveria atacar países que “não pagassem sua parte na Defesa” e afirmou que não daria apoio militar aos agredidos.

As estimativas indicam que 18 países aliados estão seguindo o caminho para alcançar a meta neste ano, conforme informam as autoridades. Trump enfrentou críticas generalizadas após afirmar em um discurso recente que não defenderia os membros da Otan que não cumprissem suas obrigações financeiras, em sua crítica mais severa à organização.

Em 2014, a Otan definiu uma meta: os membros deveriam gastar 2% do PIB em defesa, após a Rússia ter tomado a Crimeia da Ucrânia.

Durante sua presidência, Trump pressionou os aliados da Otan para elevarem os gastos. Porém, até 2023, apenas 11 dos 31 países estavam perto de atingir o objetivo. Os Estados Unidos ainda são responsáveis pela maior parte dos gastos com Defesa.

A invasão russa à Ucrânia em 2022 fez a Otan transformar os 2% em exigência mínima, levando países como a Alemanha a aumentarem seus gastos militares para atenderem ao requisito neste ano.

Os comentários de Trump no fim de semana foram duramente criticados por líderes como o presidente dos EUA, Joe Biden, e o chanceler alemão Olaf Scholz.

Scholz alertou que questionar a garantia de defesa coletiva da Otan, que protege a Europa desde a Segunda Guerra Mundial, é “irresponsável e perigoso”.

Trump rebateu as críticas afirmando que suas táticas firmes fortaleceram a Otan e que “o dinheiro começou a entrar” após ele pressionar os países-membros que não pagavam sua parcela justa.

Fonte: Site A Referência (www.areferencia.com)