Prefeitura transforma restos de construção civil em matéria-prima para obras da capital
Estima-se que 70% dos resíduos recolhidos pela Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb) em pontos crônicos de descarte irregular espalhados pela capital sejam de restos de construção civil. Este material é encaminhado para a Central de Tratamento de Resíduos e, ao invés de ocupar espaço e diminuir a vida útil do CTR, é processado e se torna matéria-prima para o uso em obras da cidade.
A utilização de uma Máquina de Processamento de RCC (aqueles provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos e concreto em geral) transforma, através de um processo 100% mecanizado, o material em três níveis de resíduos: areia, brita 2 e cascalho. A matéria-prima resultante desta técnica é utilizada pela Alurb em canteiros, para fortalecer o piso de espaços públicos e em pequenos reparos, como consertos de bancos em praças. Além da Autarquia, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) também faz a utilização em obras e na implantação de asfalto em vias da capital.
"Fazendo essa reutilização nós contribuímos com a vida útil do aterro sanitário, evitando que esses resíduos, comumente encontrados em pontos de lixo, ocupem espaço no local. Ademais, a Prefeitura ganha matéria-prima para usar em obras que beneficiam a população, diminuindo os gastos públicos e fazendo parte do processo de reaproveitamento dos materiais", disse Kedyna Tavares, diretora-executiva da Alurb.
Para quem realiza o descarte irregular em vias e espaços públicos da capital, o Código Municipal de Limpeza Urbana (confira o artigo ao final do texto), diz que descumprir a norma de manejo desse tipo de material, deixando de confiná-lo e transportá-lo para o descarte correto, pode ser multado. O valor da autuação varia de acordo com a quantidade de resíduo gerado.
Para evitar o descarte irregular, a Prefeitura de Maceió oferta cinco Ecopontos (confira os endereços ao final do texto) espalhados pela cidade para que a população possa fazer o despejo correto de forma gratuita. Nestes equipamentos, o cidadão pode levar até 1 metro cúbico de resíduos da construção civil. Acima dessa medição, o cidadão deve contratar uma empresa especializada no recolhimento desse material.
"A prática do descarte irregular infelizmente existe e nós conseguimos uma solução para amenizar o impacto causado por ela. Mas, não vamos deixar de fiscalizar e cumprir o que diz o Código de Limpeza Urbana, pois ofertamos os Ecopontos e prestamos educação ambiental para que o cidadão faça a sua parte e dê a destinação correta para esse tipo de material", completou a diretora.
Art. 18, inciso 1°
Descumprir norma de manejo de resíduos da construção civil, deixando de
confinar os resíduos após a geração, até a etapa de transporte, não
assegurando, quando possível, as condições de reutilização e de reciclagem.
Valor:
até 1m³ – R$ 3.000,00
acima de 1m³ até 5m³ – R$ 6.000,00
acima de 5m³ – R$ 12.000,00
- Endereço Ecopontos:
Pajuçara: Rua Campos Teixeira, n°476;
Tabuleiro: Rua Botafogo, por trás do Posto de Saúde Dr. Ib Gatto Falcão;
Dique Estrada: Av. Governador Teobaldo Barbosa – Vergel do Lago;
Santa Lúcia: Avenida Oswaldo Ramos, 912 – Jardim Petrópolis;
Santa Maria: Av. Lourival Melo Mota, Conjunto Santa Maria, s/n – Cidade Universitária.
Fonte: Ascom Alurb