Vasques disse que PRF precisava ‘tomar um lado’ na eleição, indicam depoimentos e mensagens colhidos pela PF

09 de agosto de 2023 às 14:30
Polêmica

Foto: Reprodução

Por redação com o Globo

A Polícia Federal reuniu depoimentos de policiais rodoviários federais e mensagens trocadas entre diretor de inteligência da PRF e um subordinado que levam à conclusão de que o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, direcionou a "Operação Eleições 2022" para coibir a movimentação de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno.

Silvinei foi preso nesta quarta-feira (09) por determinação do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, durante operação realizada pela PF.

De acordo com depoimentos colhidos ao longo dos últimos meses, Vasques teria dito, em uma reunião cercada de sigilo realizada em 19 de outubro, entre o primeiro e o segundo turno, que a corporação precisava "tomar um lado".

Na reunião, da qual participaram 47 policiais, foi proibido entrar com telefones celulares. Conforme a coluna informou em abril, a direção da PRF não registrou na ata que esse era o assunto do encontro e ainda tentou encobrir os rastros do que foi dito. A reunião também não consta na agenda oficial de Vasques.

Para esclarecer as circunstâncias do encontro e o que foi dito, a PF vai ouvir nesta quarta-feira 50 servidores – os 47 policiais rodoviários federais convocados e mais dois servidores que estiveram na reunião.