Prefeitura alerta para os riscos do descarte incorreto de objetos perfurocortantes

30 de julho de 2023 às 07:28
Acidentes

Prefeitura orienta como descartar objetos perfurocortantes e evitar acidentes. Foto: Ascom Alurb

Materiais perfurocortantes são extremamente perigosos quando não descartados de forma correta. Além de machucar pessoas e animais que mexem no lixo antes de ser recolhido, podem prejudicar os garis responsáveis por recolher esses resíduos. Para evitar que isso aconteça, a Prefeitura de Maceió orienta como descartar o material de forma correta e evitar acidentes. No primeiro semestre de 2023, 20 profissionais da limpeza urbana já se lesionaram com esse tipo de resíduo em Maceió.

Durante os anos de 2021 e 2022, mais de 60 colaboradores se acidentaram com objetos perfurocortantes, que são os que contém cantos, bordas, pontas ou protuberâncias rígidas que sejam capazes de cortar ou causar perfurações. Itens comumente usados em casa também podem ser perfurocortantes. É o caso, por exemplo, de lâminas de barbear, agulhas, brocas, pregos, pedaços de madeira, tampas serrilhadas de latinhas de conserva e vidro quebrado.

Como descartar

Seringas, agulhas e vidro quebrado não devem ser descartados junto com o restante do lixo, seja ele reciclável ou não. Até mesmo as lâmpadas exigem atenção especial, ainda que não estejam quebradas.

Se possível, coloque os perfurocortantes dentro de um recipiente resistente. Garrafas PET vazias, caixas de leite, latas e até caixas de papelão podem ser utilizados como forma de proteção. No caso do vidro, o ideal é enrolar os cacos em jornal e então colocá-los dentro de uma lata vazia. No caso das latinhas de conserva apenas lembre-se de empurrar a parte serrilhada para dentro da própria lata, evitando que ela possa causar acidentes. Escreva no recipiente destinado ao descarte que se trata de um material perfurocortante. Coloque em letras grandes e bem visíveis: “CUIDADO, MATERIAL CORTANTE”. Ou escreva do que realmente se trata. Por exemplo: “CUIDADO, VIDRO QUEBRADO”.

Descarte no lixo correto

Também é necessário estar atento ao material perfurocortante a ser descartado. Em alguns casos, é possível colocá-lo no lixo reciclável, desde que sinalizado e separado dos demais. Este é o caso dos cacos de vidro e das lâmpadas, por exemplo. Lâminas de barbear devem ser colocadas no lixo comum, devidamente separadas e sinalizadas.

Kedyna Tavares, diretora-executiva da Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb), destaca a importância do descarte correto desses materiais e lamenta a pouca adesão dos cidadãos à prática.

“Se descartados de forma correta, vários acidentes podem ser evitados com nossos garis, pessoas em situação de rua, catadores e animais que mexem no lixo antes de ser recolhido. Porém, infelizmente, muitas pessoas ainda não sabem dessa necessidade ou não se esforçam para fazer o certo. A realidade é que ainda vamos ver muitos acidentes ocorrerem devido à falta de consciência da população”, disse.

Caso o gari seja ferido ao executar seu trabalho na coleta domiciliar, é encaminhado ao hospital. Se o ferimento for ocasionado por latas ou pregos, o funcionário é vacinado contra o tétano. Nos cenários onde ocorrem acidentes biológicos, como agulhas, os colaboradores são levados ao Hospital de Doenças Tropicais e passam por uma série de exames. A depender do tipo de agulha, e se continha sangue, toma um coquetel de medicamentos. Além disso, são monitorados por seis meses retornando ao HDT para fazer novos exames.

“Nós, da educação ambiental, sempre orientamos o cidadão como fazer o descarte correto. Precisamos que a população tenha mais empatia, pensando no ser humano que está do outro lado, tendo contato com esse resíduo ao exercer seu trabalho e manter a cidade limpa”, completou a diretora.

 Infrator pode ser punido

Para proteger os colaboradores do descaso de alguns cidadãos em relação ao lixo domiciliar, o Código Municipal de Limpeza Urbana diz que descartar de forma inadequada esse tipo de item pode provocar multa, de até R$ 1.200, para o gerador.

Fonte: Ascom Alurb