Calote do Governo do Estado no Veredas já dura 11 dias e inviabiliza pagamento dos trabalhadores do Hospital
Há 11 dias o Governo de Alagoas vem desrespeitando a decisão do TRT 19 (Tribunal Regional do Trabalho), ignorando o pedido do MPAL (Ministério Público de Alagoas) e dando “calote” no Hospital Veredas. “Calote” este que não permite que o Hospital pague seus funcionários, colaboradores e fornecedores, uma vez que a Secretaria de Estado da Saúde se recusa a cumprir a decisão do desembargador João leite de Arruda Alencar, vice-presidente do Tribunal, que obriga o Estado a pagar R$ 8,5 milhões devidos ao Veredas.
O dinheiro será destinado, integralmente, ao pagamento de folhas salariais em atraso dos mais de 1 mil funcionários do Hospital. Esta é a meta e o objetivo da direção do Veredas, que segue não sendo realizada diante do reiterado descumprimento da decisão judicial do TRT 19 por parte do governo Paulo Dantas. Ainda de acordo com decisão, a Secretaria de Estado da Saúde teria 48 horas, a partir do dia 6 de julho, para realizar o depósito em juízo dos valores. Fato é que o Estado nada repassou, ainda, ao Veredas.
O “calote” do Governo de Alagoas sobre os Hospitais é generalizado e atinge, também, Hospitais como o Regional de Arapiraca e a Santa Casa de São Miguel dos Campos. Nas duas unidades hospitalares funcionários também estão sem salários devido ao não pagamento da Secretaria de Estado da Saúde. Há cerca de dois meses, o vice-governador Ronaldo Lessa recebeu representantes dos sindicatos dos trabalhadores e dos hospitais. A promessa era de realizar os pagamentos com celeridade. Porém, foram palavras ao vento as proferidas pelo vice-governador.
Desta maneira, sem receber os recursos devidos pela Secretaria de Saúde, a direção do Veredas segue de “mãos atadas” sem poder honrar de forma integral seus compromissos com os funcionários. Na sexta-feira (14), o Ministério Público de Alagoas chegou a pedir o sequestro dos valores devidos ao Veredas diretamente da conta única do Estado, a fim de forçar o Governo a pagar a unidade hospitalar e honrar os compromissos com os funcionários. Contudo, mesmo diante da posição forte do MPAL, o governador Paulo Dantas e o secretário de Saúde Gustavo Pontes seguem não cumprindo o que a Justiça do Trabalho determinou.