MPT apura se Prefeitura comprou pedras vindas de trabalhadores em condições análogas à escravidão em AL

18 de abril de 2023 às 18:01
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Foto: Assessoria MTE

Após o flagrante de trabalho análogo à escravidão em pedreiras localizadas em Murici, Zona da Mata alagoana, o Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga se a Prefeitura da cidade comprava pedras produzidas de forma ilegal. O órgão quer saber se o Município se beneficiou de alguma forma da exploração desses trabalhadores.

Para saber a origem dos paralelepípedos utilizados nas obras municipais, o MPT solicitou a relação de todas as construtoras que executam ou executaram obras de pavimentação na cidade nos últimos dois anos. Foi pedido também os contratos de prestação de serviço. Caso seja comprovado que a Prefeitura se beneficiou de alguma forma desse trabalho análogo à escravidão, ela poderá responder por meio de medidas administrativas, judiciais e até arcar com indenizações.

Caso

Na semana passada, auditores-fiscais do MTE localizaram trabalhadores submetidos a condições degradantes e jornadas exaustivas. As irregularidades foram flagradas em cinco pedreiras da cidade, todas elas funcionando sob responsabilidade da Pedreira Cansanção — uma espécie de cooperativa onde as pessoas trabalham em regime de economia familiar.

Além de Murici, os auditores flagraram irregularidades em uma obra de construção civil da construtora Gavama em Marechal Deodoro, região metropolitana de Maceió. Cinco trabalhadores foram resgatados pela equipe do Ministério Público do Trabalho.

 

Fonte: G1/AL