Drª Caroline Ferro fala sobre pedra na vesícula, sintomas, como se prevenir e tratamento

03 de abril de 2023 às 16:39
Dicas de saúde

Foto: Reprodução/Assessoria

Por redação com assessoria

Mais conhecida como pedra na vesícula, a colelitíase, é uma doença geralmente causada pelo excesso da presença de colesterol, de sais biliares na bile ou por uma deficiência no esvaziamento da vesícula. Ela pode vir com ou sem sintomas. 

A função da vesícula biliar é o armazenamento da bile e ela é um órgão que integra o sistema digestivo. Pode-se, inclusive, fazer uma analogia com uma forma de saco (semelhante a fruta pera). Localiza-se abaixo do fígado atuando na digestão de gorduras do intestino. 

Infelizmente, as pessoas não veem tanta importância nesse órgão e acabam por não prevenir da forma adequada. Sem a vesícula no organismo acaba se acostumando a viver sem ela e o fígado, ao produzir a bile, se adapta. No entanto, existem pacientes que ao consumidores alimentos mais gordurosos se sentem mal, além da exposição contínua do intestino à bile acaba causando irritação e consequentemente a necessidade urgente em evacuar. 

Fique atento aos sintomas:

Cólica biliar – desconforto abdominal intenso em andar superior, associada a náuseas e vômitos. A crise normalmente se inicia após uma refeição gordurosa, mas em uma parte dos pacientes essa dor acontece durante a noite, mesmo sem relação com a refeição.

O não tratamento da doença pode trazer fortes consequências como a colecistite aguda ( mais comum). Trata-se da inflamação da vesícula,  e o paciente sente  dor abdominal e febre. Outra complicação é a icterícia que normalmente acontece quando o cálculo sai da vesícula e obstrui a saída da bile, conhecida como coledocolitíase.

Ainda há pessoas que acreditam que não tem como prevenir a pedra na vesícula, mas a precaução adequada é manter alimentação adequada, no mínimo três refeições por dia, ricas em fibra e cálcio e pobre em gordura saturada, prática regular de atividade física. Também deve-se ficar atento ao horário regular das refeições já que diminui o risco de formação de cálculos na vesícula. 

Todavia, se o paciente estiver com a doença, o  tratamento indicado é a cirurgia de retirada da vesícula, que pode ser por vídeolaparoscopia ou de forma convencional. O tempo ideal para operar é quando o paciente não está em crise, tendo menos risco de complicações no procedimento. Caso o paciente apresente inflamação na vesícula, é iniciado tratamento com antibiótico e programando cirurgia para depois desse tratamento.

Veja alguns fatores de risco da doença:

História familiar;

Gravidez;

Diabetes;

Colesterol alto;

Obesidade;

Uso de anticoncepcionais orais.