ONU apresenta relatório mostrando que um terço das escolas do mundo não tem acesso a água potável e saneamento básico

11 de março de 2023 às 06:13
Falta o Básico

Foto: Reprodução internet

Embora o investimento em saúde e nutrição escolar tenha um efeito positivo nos resultados acadêmicos das crianças, um terço das escolas em todo o mundo ainda não tem acesso a água potável e instalações sanitárias básicas. A conclusão é de um relatório conjunto de agências da ONU (Organização das Nações Unidas) que marca o Dia Internacional da Merenda Escolar, celebrado na quinta-feira (9).

A estimativa do estudo é de que cerca de 584 milhões de crianças não tenham pleno acesso a serviços básicos de água potável na escola.

Quase metade dos jovens vive na África Subsaariana, de acordo com o estudo realizado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e o PMA (Programa Mundial de Alimentos).

Além disso, embora praticamente todos os países do mundo forneçam merenda escolar, cerca de 73 milhões das crianças mais vulneráveis ainda não se beneficiam desses programas.

A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, ressaltou que os alunos aprendem melhor em escolas seguras e saudáveis.

Falando em nome dos parceiros, ela pediu o apoio da comunidade internacional para mais investimento em saúde, nutrição e proteção social na escola “porque as crianças merecem um ambiente onde possam atingir todo o seu potencial”. Alimentando mentes jovens

O relatório revela que as refeições escolares sozinhas aumentam as taxas de matrícula em 9%, e a frequência, em 8%. Em locais onde a anemia e as infecções por vermes são prevalentes, a desparasitação e a suplementação com micronutrientes podem manter as crianças na escola por mais dois anos e meio.

Além disso, os alunos têm 50% menos probabilidade de faltar à escola quando o ambiente de aprendizado é livre de violência. O absenteísmo é reduzido em países de baixa renda ao promover a lavagem das mãos, principalmente para meninas durante a menstruação, quando a água, o saneamento e a higiene são melhorados.

Retorno do investimento

O relatório também aborda outras questões, como a promoção dos cuidados oftalmológicos, saúde mental e bem-estar das crianças e prevenção da violência escolar.

Medidas como essas representam um retorno significativo do investimento para os países, além de melhorar a vida de crianças e adolescentes, com benefícios que se estendem a lares e comunidades inteiras.

Por exemplo, cada US$ 1 investido em programas de alimentação escolar gera US$ 9 em retornos, de acordo com o relatório. Os programas escolares que abordam a saúde mental podem gerar um retorno de quase US$ 22 para cada US$ 1.

Fonte: Site A Referência (www.areferencia.com)