Homem acusado de abusar sexualmente de mais de 20 menores de idade em Ouro Branco é condenado a mais de 260 anos de prisão

24 de maio de 2024 às 14:50
MAIO LARANJA

Foto: reprodução

Por redação com assessoria

Um comerciante identificado como Aricleo Soares Santos foi condenado a 264 anos de prisão, além de 58 anos e oito meses de detenção e 1.708 dias-multa após ser acusado pelo Ministério Público de Alagoas (MP/AL) de ter abusado sexualmente 20 meninos com idades entre 10 e 17 anos no município de Ouro Branco.

O promotor de Justiça João Bomfim, atuando pela Promotoria de Justiça de Maravilha, levou o caso ao tribunal, acusando Santos de estupro de vulnerável, corrupção de menores, assédio sexual e fornecimento de bebida alcoólica. A juíza Nathalia Silva Viana também ordenou o fechamento imediato da Tabacaria ReDragon, de propriedade do réu, onde os abusos ocorreram.

Maio, mês de conscientização

A condenação ocorreu em maio, mês de conscientização sobre o combate ao abuso e à exploração sexual infantil, servindo como um alerta para a sociedade e uma reafirmação do compromisso das autoridades em combater tais crimes. O promotor João Bomfim expressou sua preocupação com a persistência da cultura do estupro no Brasil, destacando a gravidade da situação em Alagoas.

"Casos dessa natureza demonstram uma sociedade adoecida, com pessoas dotadas de perversidade, aproveitando-se da inocência ou da vulnerabilidade social de crianças e adolescentes. O acusado atraía os menores com ofertas de cigarros, bebidas, doces e dinheiro em troca de sexo. Os relatos são deprimentes e nos encorajam a continuar desmascarando criminosos assim", declarou o promotor Bomfim.

Defesa e julgamento

A defesa tentou argumentar que Aricleo Soares sofria de insanidade mental, mas a acusação conseguiu provar o contrário. Durante a audiência de instrução e julgamento, Santos não apresentou sinais de distúrbios mentais, afirmando não possuir deficiência física ou mental.

As vítimas

Inicialmente, quatro vítimas foram identificadas, mas posteriormente outras 16 relataram os abusos. As idades variavam entre 10 e 17 anos, e os crimes ocorreram no quarto do estabelecimento comercial de Santos. Em alguns casos, ele ofereceu dinheiro às vítimas para manter o silêncio, com valores que variavam de R$ 100,00 a R$ 300,00.

Indenização

Devido aos impactos graves dos abusos, como bullying escolar e constrangimentos na comunidade, a juíza determinou que cada vítima fosse indenizada com o valor de R$ 5 mil.