Diretor da Braskem admite culpa por afundamento do solo em Maceió
Redação
Após mais de um mês de depoimentos na CPI da Braskem, a empresa finalmente admitiu sua culpa no processo de afundamento do solo em bairros de Maceió. A admissão foi feita por Marcelo Arantes, representante da área de Pessoas, Comunicação, Marketing e Relações com a Imprensa da petroquímica, durante sua oitiva nesta quarta-feira (10).
Arantes declarou que a Braskem reconhece sua responsabilidade pelos danos causados em Maceió e que a empresa está empenhada em reparar, mitigar e compensar os impactos sofridos pela população. Ele destacou que a prioridade da companhia sempre foi a segurança das pessoas, e que desde o início da crise a Braskem vem trabalhando para realocar os moradores das áreas afetadas.
Segundo Arantes, a Braskem já realocou cerca de 40 mil moradores dos bairros Pinheiro, Mutange, Bom Parto, Farol e Bebedouro. A empresa também realizou mais de 19 mil propostas de compensação e desembolsou R$ 9,5 bilhões em indenizações e ações de reparação.
Críticas à Braskem
Apesar da admissão de culpa, a Braskem foi criticada por senadores da CPI por não ter apresentado um representante com conhecimento técnico para responder aos questionamentos. O relator da CPI, senador Rogério Carvalho (PT-SE), acusou o representante da empresa de falar "inverdades" e de não ter "competência" para responder perguntas técnicas.
Convocação de representante técnico
Diante das críticas, a CPI decidiu convocar o vice-presidente de Operações da Braskem, Marcelo Cerqueira, para prestar depoimento e fornecer informações técnicas sobre o caso. O objetivo é esclarecer as responsabilidades da empresa no processo de afundamento do solo em Maceió e buscar soluções para os impactos causados à população.