Justiça condena ex-marido a 37 anos de prisão por feminicídio da professora Joana Mendes em Maceió

02 de abril de 2024 às 08:56
JUSTIÇA

Foto: reprodução

Por redação

O ex-marido da professora Joana Mendes, Arnóbio Henrique Cavalcante Melo, foi condenado a 37 anos de prisão pelo assassinato de sua ex-mulher após ser julgado por Júri Popular nesta segunda-feira (01).

Segundo informações sobre o caso, o réu foi conednado a 37 anos, dois meses e sete dias de prisão pelo feminicídio da professora, que aconteceu em 2016 no Conjunto Santo Eduardo, em Maceió. A sentença foi prolatada pelo juiz Yulli Rotter, titular da 7ª Vara Criminal da Capital, após mais de 15 horas de julgamento. O júri popular decidiu pela condenação de Arnóbio por homicídio qualificado por feminicídio, motivo fútil e emprego de meio cruel. Além da pena de prisão, o réu também foi condenado a pagar R$ 150 mil de indenização por danos morais à família da vítima.

Para a irmã de Joana, Júlia Mendes, a condenação representa o fim de um ciclo de sofrimento e a certeza de que a justiça foi feita. "Foram quase oito anos de espera, mas hoje a justiça foi efetivamente feita. A família fica com o coração confortado. Nada vai trazer a Joana de volta, mas hoje ela é luz. E nós cumprimos a nossa missão", disse ela, emocionada.

Familiares e amigos da professora se concentraram no Tribunal do Júri durante todo o julgamento, vestindo faixas com a frase "Feminicídio é crime, não é loucura". A emoção era visível no rosto de todos quando a sentença foi proferida.

O promotor de Justiça Antônio Villas Boas, que atuou no caso, ressaltou a importância da condenação para o combate ao feminicídio. "Há toda evidência de que a vida de Joana não retornará, mas de certa forma a decisão foi um refrigério para os corações dos familiares. É um passo importante na luta contra o feminicídio e um exemplo de que a justiça pode ser feita", afirmou.