Amiga de Joana diz não acreditar que réu por assassinar mulher seja insano: 'ele é mau, é cruel'

01 de abril de 2024 às 15:03
ASSASSINATO DE JOANA

Foto: reprodução

Por redação

Uma mulher identificada como Daniela Barretos, amiga de Joana Mendes, foi a segunda pessoa a prestar depoimento durante o Júri Popular de Arnóbio Henrique, nesta segunda (1º), acusado de ter assassinado Joana com diversas facadas.

Em seu depoimento, Daniela atacou a tese da defesa do réu, que teria alegado insanidade de Arnóbio, e disse que o homem "não é louco" e sim "cruel.

"Ele não é louco, ele é mau, é cruel”, disse a mulher, alegando que o feminicídio teria sido premeditado. "Ninguém carrega uma faca para uma conversa".

Além disso, a amiga da vítima destacou que a relação entre Joana e Arnóbio era conturbada, com diversos episódios de agressão física e psicológica.

Daniela narrou que, por diversas vezes, Joana ligou para ela chorando e relatando problemas com o marido, afirmando que teria o desejo de deixar a relação. A mulher ainda comentou que em conversas com a amiga, identificou feridas e hematomas em Joana.

Fora as supostas agressões físicas, Daniela ainda alegou que o réu controlava o celular e as redes sociais da vítima, manipulando e interferindo nos círculos de amizade da mulher.

O Crime

Arnõbio é réu por um crime que chocou Maceió e Alagoas quando, em 2016, o acusado teria assassinado a sua ex-esposa com 32 golpes de faca, sendo a maioria dos ataques no rosto da vítima. O corpo da mulher foi encontrado  dentro de um carro abandonado no bairro do Poço.

De acordo com a acusação e os autos da denúncia, Arnóbio teria cometido o crime pois estava inconformado com um processo de divórcio, a pedido da vítima. O MP/AL acusa o réu de homicídio triplamente qualificado por: motivo cruel, feminicídio e a impossibilidade de defesa da vítima.