Prisão de ex-prefeito de Maribondo pode favor favorecer irmão de secretário estadual 

11 de março de 2024 às 14:40
PERTO DAS ELEIÇÕES

Foto: reprodução

Por Berg Morais 

A recente prisão do ex-prefeito de Maribondo, Leopoldo Pedrosa, despertou uma série de questionamentos por ter ocorrido às vésperas do período eleitoral. Comenta-se nos bastidores que a movimentação teria interesses políticos, já que um dos pré-candidatos da oposição é irmão de um secretário de Estado que tem ligação com a área da Segurança Pública. 

Recentemente, o advogado Bruno Teixeira (PSB) realizou um evento para lançar sua pré-candidatura à prefeitura de Maribondo em oposição à família Amorim Pedrosa. Ele é irmão do secretário estadual da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), Diogo Teixeira. 

A pasta comandada por Teixeira é responsável pela administração das unidades prisionais de Alagoas e pela ressocialização de pessoas privadas de liberdade - como é o caso de Leopoldo Pedrosa.

Neste final de semana, a atual prefeita de Maribondo e mãe de Leopoldo, Leopoldina Amorim, solicitou ao Ministério Público Estadual (MP) que adote medidas que possam garantir a integridade física do preso. Através do ofício nº 27/2024, encaminhado ao procurador-geral de Justiça Lean Araújo, a gestora justifica o pedido alegando que seu filho corre vários riscos pelo fato de o chefe do sistema prisional ser seu adversário político. 

Recentemente, a prefeita usou as redes sociais para caracterizar a prisão como “perseguição política”. “Nós e o povo de Maribondo não iremos permitir que tudo o que conquistamos nos últimos anos seja jogado pelo ralo por conta de forasteiros que apareceram do nada e usam do poder que têm para jogar sujo e tentar prejudicar o nome da nossa família", lamentou. 

Vale destacar que, com a exposição negativa da família Amorim Pedrosa com a prisão de Leopoldo, o nome do grupo situacionista para a sucessão, Jorjão Amorim (Progressistas), ficou fragilizado.