Prefeitos de Igaci, Palmeira e Cacimbinhas tentam esconder histórico de violência para eleições deste ano

05 de março de 2024 às 13:29
ALIADOS DOS CALHEIROS

Foto: Montagem Internet

Por redação 

É comum políticos se unirem por conta da semelhança em ações sociais realizadas nas cidades em que lideram. Contudo, Alagoas vê prefeitos fazerem aliança para esconder da população o histórico de violência que possuem para que o “passado sombrio” não interfira no resultado nas urnas na eleição deste ano. 

Assim está acontecendo nos municípios de Igaci, Palmeira dos Índios e Cacimbinhas, administrados, respectivamente, por Petrúcio Barbosa, Júlio Cézar e Hugo Wanderley, todos do MDB e supostamente envolvidos em casos de diferentes tipos de violência.

Recentemente, Petrúcio Barbosa ganhou destaque nas redes sociais por ameaçar publicamente a deputada estadual, Ângela Garrote (Progressistas), na presença do governador Paulo Dantas (MDB) e para fazer um gesto à Wanderley e Júlio César. “Tuta”, como é conhecido na região, também já foi denunciado no Ministério Público Estadual (MP) por reprimir famílias e destruir moradias em loteamento no município acompanhado por seguranças armados. 

Já Júlio Cézar, que se intitula o “Negão Imperador”, foi acusado de assediar uma servidora da prefeitura de Palmeira dos Índios, que alegou ser vítima de assédio sexual e perseguição. Margareth Fausto gravou vários áudios para as redes sociais relatando o caso e chegou a registrar Boletim de Ocorrência (BO) em delegacia de Polícia, mas depois mudou a versão após receber a visita de amigos do prefeito. 

O prefeito de Palmeira dos Índios também foi enquadrado na Lei Maria da Penha por ameaçar uma ex-companheira (iniciais S.A.S.) com a qual teve uma filha. O processo que tramita sob o número 0800355-91.2019.8.02.0094 na Quarta Vara Criminal de Palmeira dos Índios (não está sob segredo de justiça), revela desde o inquérito policial (leia o inquérito aqui). passando pela denúncia do Ministério Público (leia a denuncia do MP clicando aqui). um mar de lama, corrupção, caixa 2 e violência contra a mulher”, diz um trecho de reportagem veiculada no jornal Tribuna do Sertão. 

Por sua vez, Hugo Wanderley faz parte de uma família que já teve vários desencontros com a Lei. René Wanderley - irmão de Hugo - já foi preso por porte ilegal de arma de fogo, mas pagou fiança e foi liberado. Já o médico veterinário, Wladimir Wanderley, foi suspeito de ter envolvimento em um homicídio no município de Águas Belas, em Pernambuco. O pai de Hugo, o deputado Zé Wanderley, chegou a ser alvo da Operação Catilinárias, da Polícia Federal, em 2015. Na época, o parlamentar atuava como 1º Tesoureiro do então PMDB em Alagoas e chegou a ter sua casa investigada por agentes que buscavam provas documentais para o inquérito policial. 

Júlio Cézar e Hugo Wanderley querem fazer seus sucessores em Palmeira dos Índios e Cacimbinhas, respectivamente. Já Petrúcio Barbosa disputará a reeleição. Portanto, esse histórico de violência dos citados pode ser um peso negativo para as eleições de outubro próximo.