Flávio Bolsonaro critica operação contra irmão Jair Renan: 'É uma pessoa que não tem onde cair morta'

24 de agosto de 2023 às 15:23
Polêmica

Foto: Reprodução

Por redação com o Globo

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou na manhã desta quinta-feira uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal que tem como alvo seu irmão mais novo, Jair Renan Bolsonaro. A ação policial mira em um grupo suspeito dos crimes de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Para Flávio, contudo, não há razão para suspeitas contra o irmão, que "não tem onde cair morto".

"Pelo que eu conheço do Renan, ele não tem a menor capacidade de fazer isso, ele está trabalhando. Me causa estranheza porque é uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro."

Segundo nota da Polícia Civil, os mandados são cumpridos "com o objetivo de reprimir a prática, em tese, de crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal". Os agentes chegaram a vasculhar dois endereços ligados a Jair Renan - um em Santa Catarina e outro em Brasília.

"A investigação apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, 'testa de ferro' ou 'laranja', para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas 'fantasmas', utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas", diz o texto da Polícia Civil.

Para o senador, contudo, trata-se de uma "perseguição" em torno de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Não faz sentido. Eu espero que os investigadores continuem procurando pelo em ovo independente do sobrenome. Eu espero que esse mesmo critério seja aplicado para todos. Ao que parece é mais uma vez uma perseguição desenfreada em cima de Bolsonaro e seu entorno", afirmou Flávio.

O principal alvo da operação é Maciel Carvalho, de 41 anos, ex-instrutor de tiro de Jair Renan que foi preso em janeiro deste ano. Ele já havia sido alvo de outras duas operações da Polícia do DF - '"Succedere" e "Falso Coach". Ele é apontado pelos investigadores como o suposto mentor do esquema.